Uma tripulação de 897 pessoas trabalhava no Titanic. Havia cerca de 500 garçons, cozinheiros e artistas para entreter os clientes; a sala das máquinas contava com 320 pessoas, e o deck tinha 65 atendentes. O tamanho da tripulação aumentava a sensação de segurança dos passageiros. A decoração do interior do navio ultrapassava as exigências mais elevadas. Havia salas de estar luxuosamente desenhadas e elegantes cabines privativas, muitas decoradas com móveis antigos. Entre as mais bonitas estavam duas suítes de primeira classe revestidas em madeira no deck B, que tinham até seu próprio tombadilho. Uma das suítes de 15 metros era mobiliada ao estilo holandês. Sem dúvida, a Grande Escadaria - e havia um modelo quase idêntico no navio “irmão” do Titanic, o Olympic, era particularmente impressionante. Havia elevadores entre os andares na primeira e na segunda classe, e um ginásio com modernos equipamentos de ginástica, como bicicletas ergométricas, máquinas de remo, um “cavalo elétrico” e até um “camelo elétrico”. Havia banhos turcos, uma piscina e até uma quadra de squash bem acima da quilha. Além das luxuosas salas de jantar, havia um restaurante à la carte. O Café Parisien funcionava como ponto de encontro para os passageiros mais jovens. A decoração dos bistrôs era mais casual, com móveis em vime. Havia hera de verdade crescendo pelas paredes da varanda do café. A segunda classe era menos espaçosa. Mas assim como as salas de jantar, havia uma sala de estar, uma sala para fumantes e uma biblioteca. Na metade traseira ficava o deck ao ar livre. Já a área reservada aos passageiros da terceira classe tinha apenas uma sala de estar e uma sala para fumantes. A sala de jantar estava localizada no ponto mais baixo do navio, e as áreas ao ar livre eram confinadas a pequenos espaços na proa e na popa do navio. Ainda assim, segundo testemunhas, as cabines da terceira classe eram mais luxuosas do que as de primeira classe dos outros transatlânticos. |
domingo, 2 de dezembro de 2012
RMS Titanic Um castelo flutuante
A viagem inaugural do Titanic
A viagem inaugural do Titanic |
Dali, ele navegaria em direção a Nova York, em 10 de abril do mesmo ano. Havia 2208 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulação. A lotação da primeira classe estava em 46%, a segunda classe em 40% e a terceira, em 70%. Os passageiros que queriam viajar para Nova York haviam sido diligentemente “pilhados” de outros navios com o mesmo destino, e assim o Titanic partiu com 55% da capacidade total de passageiros. Logo depois do meio-dia, o navio foi arrastado ao longo de seu píer em Southampton e levado ao mar. Assim que a viagem começou, houve um pequeno contratempo. Quando o Titanic passou pelos navios ancorados New York e Oceanic, a água deslocada empurrou as embarcações. O New York se desligou de seu ancoradouro e navegou à deriva em direção ao Titanic. A colisão não aconteceu por um triz, devido à feliz intervenção de um rebocador. Durante os dois dias seguintes, tudo correu como o planejado. Um mar calmo estendia-se à frente do Titanic quando ele atracou no porto de Cherbourg, na França, na primeira noite em que novos passageiros subiram a bordo. Assim que o correio foi carregado, pois o Titanic também era um “Navio do Correio Real”, a viagem continuou. O último porto na Europa foi o de Queenstown, na Irlanda. Aqui, o gigante ancorou às 12 horas no dia 11 de abril de 1912 e, novamente, mais passageiros embarcaram. A maioria era formada por imigrantes em busca de uma vida nova na América. Então, por volta das 13h30, com tempo calmo, o Titanic iniciou sua grande jornada através do oceano. O navio deveria chegar a Nova York no máximo em quatro dias. Nesse meio tempo, uma grande variedade de bailes e jantares de gala seriam oferecidos para fazer da viagem uma experiência inesquecível. Na segunda classe, o deck de passeio, a sala de fumantes e a biblioteca eram as principais áreas comuns. Os hóspedes eram, em sua maioria, acadêmicos e pequenos comerciantes. De acordo com o relato de testemunhas e do escritor Lawrence Beesley, os passageiros estavam cantando hinos na biblioteca no domingo à noite, pouco antes da tragédia se abater sobre o navio. Os passageiros da primeira classe pertenciam à elite da sociedade anglo-americana. Haviam trazido criados e uma grande quantidade de bagagens. O homem mais rico a bordo era o John Jacob Astor. Bisneto de um negociante de peles, ele havia sido abençoado com uma fortuna considerável, e uma esposa bela e jovem, que estava grávida. Membro da dinastia que enriqueceu com a mineração nos Estados Unidos, Benjamin Guggenheim também estava no navio, assim como o casal Isidor e Ida Straus, donos da famosa loja de departamentos Macy´s, de Nova York. Juntamente com diversos magnatas do aço e diretores de bancos, ferrovias e companhias de seguros norte-americanos, a elite britânica também estava bem representada: o aristocrata Sir Cosmo e Lady Duff Gordon, uma renomada estilista, com butiques em Paris e Nova York, por exemplo. O famoso magnata das finanças, J.P. Morgan, teve que cancelar a viagem devido a uma doença, assim como o diretor do estaleiro onde o Titanic foi construído. O casal milionário, Sr. e Sra. George Vanderbuilt, decidiu não viajar no último minuto. Seus criados e sua bagagem já estavam a bordo, e afundaram com o Titanic. Até o domingo do dia 14 de abril de 1912, a viagem transcorreu confortavelmente e sem contratempos. No entanto, no domingo à tarde, a temperatura caiu perceptivelmente, e as atividades ao ar livre tiveram que ser canceladas. Os ricos e famosos se reuniram por volta das 19h30 para um jantar de gala oferecido pelos Widdener, um casal milionário, em honra do capitão Edward John Smith. Smith era um homem experiente, que havia passado toda sua vida toda no mar. A viagem inaugural do Titanic deveria ser sua última viagem como capitão antes de se aposentar. |
O dia em que o titanic afundo
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